quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Honestidade Provada


Durante a minha vida tenho convivido com pessoas que me ensinaram o valor da honestidade. Entre eles estão os meus pais. Desde cedo eles me deram exemplo de honestidade nos negócios. Nunca vi um cobrador chegar à nossa porta porque uma conta havia atrasado. Aprendi com eles a importância de comprar sempre a vista e pagar o que se deve nas datas combinadas.

A minha esposa me ensinou uma das lições mais raras em nossos dias: ser criterioso nas pequenas coisas (normalmente as pessoas pensam que devem ser escrupulosos somente nas grandes somas). Realmente muitos se esquecem que a honestidade não tem tamanho. Só estamos preparados para guardas os milhões, quando nos puderem ser confiados os centavos.

Josué Morais é um grande amigo que me ensinou o valor da confiança mútua. Quando trabalhamos juntos em Belém do Pará, eu não precisava prestar contas ao final do dia porque sabia de sua honradez. Ele é uma pessoa totalmente alheia a cobiça e as suspeitas. Com seus dotes de liderança consegue transmitir a um número considerável de pessoas a verdade de que mais valem os amigos do que o ouro.

Na comunidade religiosa onde participo conheço uma pessoa digna de ser imitada. Trata-se de Antônio Leite. Ele acabou de jubilar-se em uma profissão que exigia muita transparência. Sempre foi visto como um modelo de honestidade por seus liderados. Ele me disse certa vez: "eu não posso apenas ser honesto, eu tenho que mostrar que sou honesto". Nossos atos externos realmente devem ser um reflexo do que está no interior. Em algumas profissões a ética e a fidelidade aos procedimentos são a marca do sucesso.

A honestidade é uma das virtudes mais importantes da vida. Ela é necessária em todas as áreas da existência humana. Nos negócios, no casamento, nas amizades, nos esportes... É digno de nota que uma pessoa honesta geralmente procura ser em todas as suas transações. Não apenas em uma área da vida.

A honestidade é necessária tanto na quantidade (ser totalmente honesto) quanto na continuidade (ser sempre honesto). É indispensável tanto no começo da vida quanto no fim dos anos. Todas as pessoas, independente de sua situação econômica, social ou intelectual, devem cultivar a honestidade como uma semente que no devido tempo dará seus frutos.

O grande resultado imediato de ser honesto é o prazer interior que advêm dessa prática. Certa vez comprovei a validade dessas palavras. Antes de contar uma experiência impressionante gostaria de falar algo sobre a desonestidade. Existe um abismo entre a honestidade e a desonestidade. A pessoa honesta pensa de maneira diferente da desonesta.

O HONESTO PENSA posso ser honesto

O DESONESTO PENSA não quero ser honesto
O HONESTO PENSA preciso pensar nos demais

O DESONESTO PENSA preciso pensar em mim
O HONESTO PENSA serei recompensado no final

O DESONESTO PENSA serei recompensado agora
O HONESTO PENSA andarei sempre tranqüilo

O DESONESTO PENSA nunca serei descoberto

Em tempos de internet se tornou mania copiar textos, fotos e outras produções alheias de maneira indiscriminada. As novas facilidades da era digital colocaram a prova a honestidade de milhões de pessoas em todo o mundo. Infelizmente um bom número delas não passou no teste. Milhares copiam e comercializam produtos, músicas, CDs etc. sem nenhum escrúpulo.
O nome dessa prática é plágio. É considerada crime. Plagiar é "assinar ou fazer passar por seu (trabalho artístico alheio); Plagiador é alguém que faz uma "copia, imitação ou apropriação de trabalho alheio" sem os devidos créditos. (Silveira Bueno, Minidicionário da língua portuguesa).
O desonesto (nesse caso o plagiador) pensa que nunca será descoberto. A seguinte situação prova o contrário. Um dia, quando você menos esperar, a verdade sairá à tona. E, quando a verdade aparece, assim como a chuva, não há tempo para ir buscar o guarda-chuva.

Após lançar o meu segundo livro (Conheça nossa história) me dirigi a um grande evento educativo na cidade para fazer uma promoção. Estava acompanhado de um amigo (Miguel Gomes). Entrei numa sala e encontrei um ex-professor da faculdade. Ele me apresentou um senhor educado e bem vestido que havia vindo para o congresso. Disse que era uma dos grandes pedagogos do Brasil. Aproveitei a ocasião e ofereci o livro que vendia a dez reais. Quando meu professor me disse o seu nome: Lukekesi eu fiquei impressionado. Havia incluído uma de suas citas na introdução do livro e agora estava oferecendo-lhe o livro. Disse-lhe com alegria: Coloquei uma de suas citações no meu livro: e li pra ele. Em tom de brincadeira, o meu professor disse: agora você pode pedir os direitos autorais. Eu gracejei também: ainda bem que coloquei a nota entre aspas. Ele leu a citação e buscou na memória onde havia escrito: e lembrou: você tem razão, parabéns pelo livro, finalizou comprando o livro. Quando saí, disse a Miguel um tanto emocionado. Miguel acabei de vender meu livro ao autor de umas das obras que usei. Já pensou se eu não houvesse colocado a referência?

Decida ser uma pessoa totalmente honesta não apenas por medo de ser descoberto um dia, mas adote essa virtude como um princípio norteador da vida.
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Ribamar Diniz

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