segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Ellen White Deseja-lhe um Feliz Ano Novo


“Ensina-nos a contar os nossos dias, de tal maneira que alcancemos coração sábio.” Sal. 90:12.


“Acha-se agora no passado outro ano de vida. Abre-se um novo ano diante de nós. Que registro será o seu? Que escreverá cada um de nós em Suas páginas imaculadas? A maneira por que passamos cada dia que vem, decidirá. ...

Entremos no novo ano com o coração purificado da contaminação do egoísmo e do orgulho. Afastemos de nós toda condescendência pecaminosa, e busquemos tornar-nos fiéis, diligentes discípulos na escola de Cristo. Um novo ano descerra suas alvas páginas aos nossos olhos. Que escreveremos nós aí? ...

Procurai começar este ano com justos desígnios e motivos puros, como seres responsáveis perante Deus. Conservai sempre em mente que os vossos atos estão passando diariamente à história pela pena do anjo relator. Encontrá-los-eis novamente quando o Juízo se assentar e forem abertos os livros. ...

Se nos ligarmos a Deus, a fonte da paz, da luz e da verdade, Seu Espírito fluirá por nosso intermédio como por um conduto, de modo a refrigerar e beneficiar a todos ao redor de nós. Este pode ser o último ano de vida para nós. Não o iniciaremos com refletida consideração? Não hão de a sinceridade, o respeito, a benevolência assinalar nossa conduta para com todos?

Não retenhamos coisa alguma dAquele que deu Sua preciosa vida por nós. ... Consagremos todos a Deus a propriedade que Ele nos confiou. Acima de tudo, demo-nos nós mesmos a Ele como oferta voluntária. Signs of the Times, 7 de janeiro de 1889.
Oxalá o início deste ano seja uma ocasião inesquecível - ocasião em que Cristo entre em nosso meio, e diga: "Paz seja convosco". João 20:19. Desejo a todos, um feliz Ano Novo...”
Review and Herald, 3 de janeiro de 1882.

Ellen G. White, Nossa Alta Vocação, (Tatuí, São Paulo: Casa Publicadora Brasileira, 1962) 05.

As Agulhas do Fanatismo


Entre as notícias mais chocantes nesse fim de ano uma esteve relacionada a um garoto vítima de um crime raro. Seu padrasto confessou ter inserido várias agulhas em seu corpo. O mais impressionante é que tudo aconteceu num “ritual de magia negra”. Como algumas agulhas estavam localizadas próximas a órgãos vitais o garoto precisou fazer cirurgias para retirá-las. As agulhas podem ser meios para os cirurgiões curar, mas também podem ser instrumentos nas mãos de fanáticos para ferir crianças inocentes. As agulhas do fanatismo causaram muita dor no menino. O macabro de tudo é que alguns de nós podemos estar usando agulhas de extremismo e ferindo muitos inocentes.

Podemos constatar que cada atividade humana tem um componente intruso e perigoso que anula, distorce ou diminui sua filosofia original. Assim, os benefícios da realização plena da atividade são seriamente comprometidos. A corrupção parece ser o componente mais prejudicial no desempenho da política; o doping é o fantasma do esporte; no caso da literatura é o plágio; a pornografia prejudica o cinema; a parcialidade a imprensa; a desonestidade a ciência; a violência a família e a falta de ética a filosofia. Sem dúvida nenhuma o fanatismo é o componente mais perigoso e letal da religião. É o que mais distorce sua mensagem original e aliena seus adeptos.
Fanatismo é o “excessivo zelo religioso”, a “adesão cega a uma doutrina”. Então um fanático é alguém que “se dedica exageradamente a alguém ou alguma coisa” (Silveira Bueno, Minidcionário da língua portuguesa, FTD). O fanatismo nos torna cegos e capazes de agir de maneira inimaginável.

Os cristãos não estão livres de cometerem atos questionáveis ou até criminosos por causa de fanatismo. Segundo Jonas Arraes, em seu livro Uma igreja positiva em um mundo negativo o fanatismo “tem retardado a proclamação do evangelho, provocado desunião entre os cristãos e desvirtuado a imagem do cristianismo perante o mundo”.
No contexto adventista o fanático prejudica pessoas próximas a si, além de influenciar negativamente os outros, gerando os chamados movimentos dissidentes. Os fanáticos possuem certas características peculiares e podem ser ajudados.

Principais características dos fanáticos
1. Os fanáticos são movidos por motivos geralmente ignorados ou ocultados por eles mesmos.
O doutor Alberto Timm, apresenta tanto as causas como as possíveis soluções para a dissidência adventista [1]:

A - Conhecimento superficial da verdade – o conhecimento superficial da verdade é de pouca duração (Mt 13:20,21); “a sacudidura sobrevirá pela “introdução de falsas teorias” e satanás é diligente estudante da Bíblia e levará a apostasia os estudantes superficiais da Palavra. É impossível minimizar-nos os níveis de apostasia sem que voltemos a enfatizar os grandes pilares doutrinários da nossa fé.
B - Conhecimento não santificado da verdade – Uma característica de muitos adventistas é o conhecimento teórico da verdade, destituído de sua influência santificadora (Ver Apoc. 3:14-22); só estaremos seguros se permitirmos, com humildade, que nossa vida seja santificada pela verdade como ela é em Cristo e em Sua Palavra (João 14:6;17:17)
C - Crises de relacionamento interpessoal – “O rompimento de relacionamentos em nível matrimonial, familiar, social, etc., pode acabar polarizando negativamente a atitude religiosa da pessoa.” “muitas das crises internas levantadas contra a mensagem adventista não são de origem doutrinária, mas apenas o brado de desespero de um coração dilacerado pelo rompimento de relacionamentos afetivos.”
D - Crises de identidade e de autoridade – “Pessoas que já ocuparam funções importantes” na igreja, das quais foram destituídas contra sua própria vontade, e indivíduos que gostariam de exercer certos cargos, para os quais não recebem a oportunidade, são passíveis de desenvolver um espírito crítico e generalizador. Promovendo uma nova luz, eles encontram uma forma de auto-afirmação e de auto-reconhecimento.
2. Geralmente os fanáticos revelam certa incapacidade de manter um senso de proporção em suas crenças e práticas [2].

“Quando são impressionados com alguma mensagem, sua mente logo é dominada por aquele tema. Falam o tempo todo sobre o assunto. Resumem a vida cristã aquele ponto abordado. Perdem também a visão espiritual e o senso de proporção.” O pior é que às vezes pode ser um ponto insignificante, obscurecendo as coisas importantes da fé.

3. Os fanáticos tentam fazer com que todos na igreja concordem com seus pontos de vista.

É natural que façam isso, pois crêem que seu ponto de vista é de tremenda importância. O problema não é tanto o fervor, mas os motivos que instigam esse fervor.

4. Os fanáticos quase sempre condenam os que se recusam a aceitar sua linha de pensamento.

Quando o fervor se deteriora a ponto de gerar intolerância, os efeitos mais perigosos do fanatismo são evidenciados. Na maior dos casos, os fanáticos são incapazes de ver que aqueles que se recusam a concordar com eles o fazem com base no senso comn e com honestidade intelectual e espiritual.

5. Em geral, quando outros membros da igreja se recusam a aceitar os pontos de vista dos fanáticos, estes passam a criticar a igreja e todo o movimento adventista.

Segundo outro estudioso “um ponto em comum na vida de todo aquele que entra em crise com a Igreja é que ele não se sente mais parte da mesma... Quando existe um problema no corpo, nenhuma parte tenta separar-se dele, mas antes todas cooperam para solucionar o problema. Nenhum órgão do corpo tenta viver fora dele, pois isto conseqüentemente o levaria à morte.”

Quando se desenvolve esse disposição cr´tica, os fanáticos sentem eu a igrjea se encontra tão distante do caminho certo, que eles devem se retirar dela. Mas, enquanto não saem, eles empregam sua danosa habilidade para tirar outros membros da igrjea.

6. Apesar de ser fervor e zelo, os fanáticos raramente realizam qualquer grande bem.

Quando os efeitos são examinados ao longo do tempo, percebese que os fanáticos são aqueles que deixaram pouco ou nenhum resultado construtivo, sobrando apenas o espírito de divisão, crítica, dúvida e descrença na igreja.

7. A maioria dos fanáticos parece contaminar-se com a justificação pelas obras.

É muito fácil pensar que, seguindo determinado programa ou realizando certas coisas, iremos nos tornar santos e justos à vista de Deus. Embora a obediência às leis de saúde esteja relacionada à boa experiência religiosa, não podemos assegurar santidade por aquilo que comemos ou deixarmos de comer. A linguagem do dissidente geralmente engloba frases como “temos que estar puros diante de Deus”. Temos que cumprir “toda a lei”. Temos que viver de acordo com todos os princípios. Embora devamos viver de acordo com as orientações divinas, as boas obras não podem salvar (Gálatas 2:16)

8. Geralmente os fanáticos e radicais são distinguidos por seu orgulho espiritual

O orgulho pode vir disfarçado de fervor a Deus. Quando seres finitos, começam a julgar todos os irmãos da igreja que discordam de suas opiniões nada mais revelam do que orgulho espiritual.

Como ajudar os fanáticos ou dissidentes

1. Previna o fanatismo na igreja com um estilo equilibrado no ensino e no estilo de vida da irmandade.

Sempre que houver oportunidade a igreja deve ser orientada com palestras sobre o estilo de vida cristã e sobre como interpretar a Bíblia e os escritos de Ellen White (já que a maior parte dos casos começa com problemas de má interpretação). Quando acontece um caso isolada de má interpretação a igreja não deve tomar atitudes precipitadas, mas buscar o irmão envolvido em particular e seguir as regras de Mateus 18, solucionando rapidamente o problema. Isso evita o desgaste com uma exposição pública do assunto, além de salvaguardar o bom nome dos irmãos.

2. Evite termos pejorativos ou outros constrangimentos que agravem a situação quando o fanatismo já está instalado.

Uma vez eu precisei discutir com dois irmãos com dúvidas sobre a Trindade. Alguns dias depois encontrei duas irmãs que me perguntaram: “Irmão, como foi com os dois hereges?” Sorri e disse: “Não houve nada irmãs, eram apenas dois irmãos que queriam conhecer um pouco melhor o assunto.” Evite o uso de termos preconceituosos, lembrando que os fanáticos são nossos irmãos e precisam de consideração.

3. Não ignora ou subestime o fanatismo, mas trate-o de imediato.

a. Comunique o caso ao pastor distrital ou ancião local (somente quando se torna público o assunto).
b. Visite junto com os líderes a pessoa/as evolvidas seguindo a norma de discrição de Mateus 18.
c. Se as dúvidas não forem solucionadas oriente as pessoas a manterem seus pontos de vista contrários a igreja de forma particular.
d. Se houver resistência e promoção das idéias contrárias a visão bíblica promovida pela igreja siga as orientações do Manual da Igreja sobre disciplina para pessoas envolvidas em “movimentos dissidentes”.

5. Promova seminários sobre doutrinas bíblicas para igreja está preparada para não se envolver com o fanatismo ou falsos ensinos.

Ribamar Diniz é Bacharel em Ciências da Religião e aluno do curso de Teologia na Universidade Adventista da Bolivia. Durante o mês de dezembro de 2009 realizou uma série de palestras na distrito de Juazeiro do Norte, no Ceará, para dirimir dúvidas sobre a Trindade. Está a disposição para atender distritos. O contato é ribamardiniz@yahoo.com.br

Referências:
1. Alberto R. Timm, Revista Adventista, Junnho de 1990, 9-10.

2. Até o item 8 foram retirados de Jonas Arraes, Uma igreja positiva em um mundo negativo: como desenvolver e aperfeiçoar a liderança em cada experiência de sua igreja, (Silver Spring, Maryland: publicado por Ministerial Association Resource Center General Conference of Seventh –day Aventists, 2008), 91.

domingo, 13 de dezembro de 2009

Porque os Livros de Ellen White são Revisados e Atualizados?


O livro Como Fazer Amigos e Influenciar Pessoas foi publicado pela vez em 1937, vendendo em suas várias edições mais de 30.000,00 de exemplares, sendo traduzido para quase todos os idiomas. Entretanto porque foi revisado e atualizado?

“... porque revisar um livro que se mostrou e continua a se mostrar vigoroso e de apelo universal? Por que tocar um êxito inegável?
“para respondermos a esta pergunta, precisamos antes assinalar que o próprio Dale Carnegie era um incansável revisar de sua obra. (...) Estivesse ainda vivo, sem dúvida ele mesmo teria revisado como fazer amigos e influenciar pessoas, com o fito de melhor refletir as mudanças que o mundo vem sofrendo desde a década de 30.
“Muitos dos nomes de personalidades que aqui aparecem, deveras conhecidos à época da primeira publicação, dificilmente seriam reconhecidos pelo leitor de hoje. Certos exemplos e frases soam graciosamente antiquados e marcados pelo nosso clima social, assim como os de romance vitoriano. E só nesse aspecto parecia enfraquecida a importante mensagem e o impacto total do livro.

“Nosso propósito, pois, em fazer essa revisão, foi aclarar e fortalecer o livro, objetivando o leitor moderno, mas sem, evidentemente, alterar o contexto. Não ‘mudamos’ nada em Como fazer amigos e influenciar pessoas, simplesmente, aqui e ali, suprimimos e acrescentamos alguns exemplos contemporâneos. O estilo leve e ágil de Carnegie permance intacto – até mesmo certas gírias dos anos 30 continuam.”(Dale Carnegie, Como fazer amigos e infuenciar pessoas, contracapa, 45 ed. São Paulo:Editora Nacional, 1995).

De igual modo os livros de Ellen White, desde suas primeiras publicações na década de 50 do século 18 já alcançaram milhões de exemplares vendidos em todo o mundo. Somente o clássico Caminho a Cristo foi traduzido para mais de uma centena línguas, levando conforto espiritual a milhões de pessoas. Porque então são necessários revisões e textos atualizados desses inspirados livros?

Pelo seu cuidado com os manuscritos e constantes revisões e correções (Ellen White tinhas vários secretários e ajudantes literários) a própria autora era uma incansável revisora de sua obra. Estivesse ainda viva, sem dúvida ela mesma teria revisado seus livros como fazia em vida com o fim de melhor refletir as mudanças que o mundo vem sofrendo desde o século 18.

Muitas expressões que aparecem em suas obras, deveras conhecidos à época das primeiras publicações, dificilmente seriam reconhecidas pelo leitor de hoje. Certas colocações e frases soam fora de moda e distante das regras gramaticais de nossos dias. Outras sentenças poderiam ser mal-interpretadas como termos exclusivistas (como o uso que Ellen White fazia da palavra homem em vez de humanidade). E só nesse aspecto parecia enfraquecida a importante mensagem e o impacto total de seus livros.

O propósito dos tradutores e revisores, pois, em fazer as pequenas revisões é aclarar e fortalecer o livro, objetivando o leitor moderno, mas sem, evidentemente, alterar o contexto. Não é ‘mudado’ nada nos livros de Ellen White, simplesmente, aqui e ali, são suprimidas repetições desnecessárias e acrescentados algumas palavras atuais. O estilo leve e ágil de White permanece intacto – até mesmo em certas expressões de seu tempo (como homens de um minuto).

Ribamar Diniz (Bacharel em Ciências da Religião e estudante de Teologia na Universidade Adventista da Bolívia)

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Perspectivas não são boas

A cidade de Copenhague reúne nesta semana representantes de 192 nações da Organização das Nações Unidas para tentar resolver o problema climático, mas a maior parte das emissões de CO2 são feitas por apenas 17 países. O ex-presidente George W. Bush havia reunido estas 17 nações em uma única organização, e foi criticado por isto, mas é um fato que envolver 192 países em um debate o torna ineficiente.

As negociações atuais também são contraproducentes porque dividem os países em dois grupos: desenvolvidos e em desenvolvimento. Os países desenvolvidos seriam os responsáveis pelas emissões. O mundo, no entanto, não é tão simples. A China, o México e a Coreia do Sul são teoricamente países em desenvolvimento, mas também grandes emissores de CO2.
Copenhague provavelmente não vai produzir um acordo detalhado e abrangente. No entanto, algo de positivo pode surgir: um acordo político.
Em nossa opinião…
Mesmo se ainda existem cientistas que são céticos quanto ao mundo estar esquentando, e isso ser causado pelo homem, não há dúvida de que a poluição do ar causada por veículos movidos a derivados de petróleo é danosa para a saúde. Além disso, a dependência do mundo em relação ao petróleo é muito perigosa. Essas são duas razões suficientes para se lutar pela substituição dos combustíveis fósseis como fontes de energia. No caso brasileiro a situação é especial: somos grandes emissores por causa das queimadas na Amazônia, e é claro que é importante parar a destruição da floresta.

Nota: Segundo a profecia as nações se unirão em torno de uma bandeira só para "oprimir o povo de Deus". Devemos estar atentos as decisões e possíveis consequências da conferência de Copenhague. Especialmente quando vemos os EUA desejoso de reconquistar a liderança mundial maculada pela adminstração truculenta de Bush. Com certeza o pedido e clamor pela paz mundial através de um meio ambiente sem excesso de gases poluentes e outros fatores tóxicos faz eco com o apocalipse. Note que a Biblia diz que Deus virá pra "destruir aqueles que destroem a Terra". O texto todo diz: "Iraram-se, na verdade, as nações; então veio a tua ira, e o tempo de serem julgados os mortos, e o tempo de dares recompensa aos teus servos, os profetas, e aos santos, e aos que temem o teu nome, a pequenos e a grandes, e o tempo de destruíres os que destroem a terra" (Apocalipse 11:18). Como vemos hoje a destruição do planeta diante de nossos olhos é sinal para apercebermos da proximidade do cumprimento dessa profecia. Os ambientalistas e os governos tentam mas não conseguem impedir totalmente os homens de destruirem a terra. Não falta muito para ser promulgao um decreto mundial (iniciado nos EUA) para valorizar a família, a natureza e a fraternidade entre os povos: o domingo. Fique atento a tudo, mas não se assuste pois "quando virdes" tudo isso sabei que o Senhor está vindo.

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Árvore de Natal na Igreja


“Deus muito Se alegraria se no Natal cada igreja tivesse uma árvore de Natal sobre a qual pendurar ofertas, grandes e pequenas, para essas casas de culto. Têm chegado a nós cartas com a interrogação: Devemos ter árvores de Natal? Não seria isto acompanhar o mundo? Respondemos: Podeis fazê-lo à semelhança do mundo, se tiverdes disposição para isto, ou podeis fazê-lo muito diferente. Não há particular pecado em selecionar um fragrante pinheiro e pô-lo em nossas igrejas, mas o pecado está no motivo que induz à ação e no uso que é feito dos presentes postos na árvore.

"A árvore pode ser tão alta e seus ramos tão vastos quanto o requeiram a ocasião; mas os seus galhos estejam carregados com o fruto de ouro e prata de vossa beneficência, e apresentai isto a Deus como vosso presente de Natal. Sejam vossas doações santificadas pela oração”.

Ellen G. White, Review and Herald, 11 de dezembro de 1879.

O Que Fazer Numa Vigília Jovem

“Ao som da fervorosa oração todo o exército de Satanás treme” (Ellen G. White)

"As vigílias que jovens realizam são maravilhosos encontros de espiritualização e treinamento. Vejo em todo esse esforço a providencial mão de Deus preparando Sua juventude para a terminação da obra da pregação do ‘evangelho eterno’. Uma das metas é voltarmos a ser o ‘povo da Bíblia’ e a outra é ver Jesus ainda nesta geração.

(1)Tenha um propósito totalmente espiritual. (Mt 6:33).
“O foco principal da vigília jovem não é namorar, fazer novos amigos, reencontrar irmãos, ‘tietar’ o pregador famosos ou pedir autógrafo ao cantor ‘X’. Tudo isso tem seu lugar e o momento apropriado, porém, afirmo mais uma vez: o propósito principal é a comunhão dos jovens com Jesus.

(2) Estude a Bíblia com atenção
“Estamos todos empenhados numa ‘revolução’ pelo retorno a Bíblia. Voltemos para a Bíblia enquanto temos oportunidade para isso.

“Fico triste quando vejo alguns pregadores que exploram pouco o texto bíblico. Outros lêem a Bíblia apenas para dar satisfação a quem está presente. Há aqueles que nem lêem mais as Escrituras. Há outros que passam todo o precioso tempo do sermão contando historinhas fantasiosas para os jovens rirem. Percebo que a meta desses é agradar para depois serem carinhosamente chamados de ‘legais’ ou ‘bacanas’. Isso poder ser um hábito maléfico para o pregador, para a igreja e para os próximos pregadores. Há alguns que parecem mais animadores de auditório do que ministros da Palavra de Deus. É preciso haver mais zelo e reverência na hora da apresentação do sermão... alguns até contam casos de duplo sentido...'uma única frase da Escritura e de muito mais valor do que dez mil idéias e argumento humanos’ (Ellen G. White, Conselhos sobre saúde, 253).

(1)Preguemos mais sermões bíblicos

(2) nós pregadores não somos comediantes e muito menos animadores de auditório.

“O sermão não é entretenimento; é ‘alimento’ espiritual para nutrir a alma... deve haver menos entretenimento e mais treinamento para juvenis e jovens.

(3)Chegou a hora de testemunhar
“... As pessoas estão cansadas de ouvir teorias, elas querem ver uma vida de cristianismo...
“Se você conhece pessoas que tiveram uma profunda experiência com Deus, convide-as para testemunhar na vigília. Mostre que Deus ainda faz milagres, diga a todos que Deus ouve e Se importa conosco.

(4) Mantenha o foco da vigília na missão da igreja.
“Todos os grandes movimentos de reavivamento tiveram como resultado imediato o cumprimento da missão de Deus num mundo perdido. Todas as partes da vigília jovem devem convergir para o cumprimento da missão da igreja: a pregação. Que cada jovem pregue de acordo com o dom que recebeu...todos os participantes da vigília devem ser desafiados a cumprir a missão da igreja... ‘é em trabalhar para difundir as boas-novas de salvação, que somos levados para perto do Salvador” (Ellen G. White, O Desejado de todas as nações, 340).


(5) Tenha convidados especiais para cantar.
“‘A música deve ter seu lugar em nossos cultos. Isso aumentará o interesse. ’(Ellen G. White)

“Poucos meios há mais eficientes para fixar Suas palavras na memória do que repeti-las em cânticos...[A música] é um dos meios mais eficazes para impressionar o coração com as verdades espirituais’” (Ellen G. White, Evangelismo, 496).


“Quando digo convidados especiais, estou falando de cantores que devem somar e não ser as estelas solitárias do espetáculo.


‘“... Gostaria de ver nossos cantores e músicos ouvindo mais os sermões em vez de ficarem no camarim, ou atrás do palco tirando fotos e dando autógrafos. Gostaria de vê-los mais com a Bíblia na mão perscrutando o texto bíblico na hora da mensagem falada. Gostaria também de vê-los orando um pouco mais: antes, durante e depois de suas apresentações. Gostaria ainda de ver sua roupa em conformidade com a doutrina adventista da modéstia cristã. Gostaria de ver um pouco mais de discrição quanto ao assunto de dar autógrafos e tirar fotos; deveriam se discretíssimos nesse particular. Também não concordo com a idéia secular de fã clube; até entendo que um site ou um blog bem feitos e bem diagramados podem ajudar e muito aqueles que fazem da música um ministério. Digo outro vez, o centro deve ser Jesus. Tudo aponta par Ele e dEle advém (Cl 1:16).

“Mas às vezes é mais difícil disciplinar os cantores e mantê-los em forma ordeira, do que desenvolver hábitos de oração e exortação. Muitos [cantores] querem fazer as coisas à sua maneira. Não concordam com deliberações, e são impacientes sob a liderança de alguém. No serviço de Deus se requerem planos bem amadurecidos. O bom-senso é coisa excelente no culto do Senhor’” (Ibid., 505).

“Quanto ao tempo... vai depender da disposição e do interesse do grupo...termine a vigília fazendo um desafio a todos os presentes. Seja ele, falado ou materializado numa folha de papel, em forma de voto..avalie com critério... a programação, visando sempre o nome de Jesus...”

Otimar Gonçalves, Revista do Ancião, outubro a dezembro de 2009, 26-28).

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Mensagens dos Campeões do Bom de Bíblia


Veja aqui os juvenis que ganharam o
concurso bíblico sul-americano. Aproveite
para baixar o vídeo e estimular sua igreja a estudar mais a Bíblia.

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Igreja Adventista Acrescenta 1 Milhão de Membros por Seis Anos Seguidos


Mais de 1 milhão de pessoas uniu-se à Igreja Adventista do Sétimo Dia durante o ano que findou em 30 de junho de 2009, assinalando o sexto ano consecutivo de ganho de um milhão de membros.Uma média de 2.818 pessoas uniu-se diaramente à Igreja, elevando o total de membros batizados por todo o mundo para 16.049.101. Os líderes da Igreja inicialmente haviam projetado uma membresia mundial de 17 milhões em 2009. Em parte devido a correção em relatórios de membros de várias regiões, o total permaneceu em 16 milhões.

Mathew Bediako (Secretário Mundila da Igreja) disse que uma auditoria recentemente completada na região da América do Sul resultou numa redução de 300.000 membros. Bediako incentivou as duas ou três regiões que ainda têm auditorias a fazer a "reunir coragem e fazer isso". "Sei que algo bom resultará quando sabe que o seu registro de membros é preciso", comentou ele.

Bert Haloviak, disse que uma auditoria às vezes é acompanhada de um período de rápido crescimento. Haloviak citou o crescimento de membros na região da Ásia Meridional-Pacífico, que aumentou mais de 6 por cento durante os últimos quatro trimestres. Essa região passou por auditorias de membros de 2006 a 2007 e desde então aumentou o seu número de membros mais do que em qualquer outra época durante sua história, informou Haloviak.

Embora a América do Sul haja registrado perdas significativas devido a auditorias de membros, a região também registrou um aumento total de mais de 200.000.

A maior parte do crescimento da Igreja teve lugar em sociedades não-ocidentais. Cerca de 71 por cento do crescimento ocorreu em cinco das 13 regiões administrativas mundiais -- América do Sul, América Central, África Centro Oriental, África Meridional-Oceano Índico e Ásia Meridional.

Deslizamentos em El Salvador Ceifa Vidas de Dezenas de Adventistas


Dezenas de adventistas do sétimo dia estão mortos depois de inundações e deslizamentos de terra destruíram estradas e pontes e casas enterradas na semana passada em El Salvador.
Um deslizamento de terra, causada pelo furacão Ida bater El Salvador na semana passada, matou quase 200 pessoas, 30 das quais eram adventistas. Mais de 40.000 pessoas foram afetadas pela tempestade.

Ida furacão causou mais de 170 mortes no país, incluindo 30 adventistas. Dezesseis membros da igreja ainda estão desaparecidos depois que o furacão de categoria 2 passou por El Salvador 9 de novembro.

"Em todos os anos que tenho sido associada com a Agência Adventista de Desenvolvimento e Recursos Assistenciais (ADRA), em resposta a desastres, eu nunca vi uma perda tão grande entre os membros da nossa Igreja na América Latina", disse Wally Amundson, diretor da ADRA para a Igreja na América Latina. "Estamos tristes pela forma como este está impactando os membros de nossa Igreja em El Salvador e orar nossos líderes terão a resistência para enfrentar os desafios imediatos."

A ADRA está a responder aos municípios afetados de San Salvador, La Libertad, De La Paz, San Vicente e Cuzcatlan. Mais de 40.000 pessoas foram afetadas por Ida, e milhares de famílias desabrigadas estão espalhados entre os 85 abrigos de emergência, disse Jorge Salazar, diretor da ADRA para El Salvador.

A maioria das mortes ocorreu na parte central rurais do país. Mais de 100 voluntários da ADRA estão ajudando a comunidade, bem como as equipes de resgate, disse Salazar. O governo também ofereceu três helicópteros para entregar suprimentos ADRA.
Além dos recursos liberados pela ADRA e da Igreja na América Central para ajudar ao esforço de socorro, Hope for Humanity enviou fundos especiais para ajudar as comunidades afetadas e ao público em geral em torno do círculo do programa de alfabetização.

Cerca de 345 famílias adventistas foram deslocadas pela tempestade, 206 de suas casas foram danificadas e quatro edifícios da igreja também foram destruídas.
Tesoureiro da igreja no Centro-regiões da América Central Saulo Ortiz disse um membro da igreja perdeu 15 membros da família.

"Vai levar algum tempo antes que nós possamos reconstruir as igrejas e as famílias possam voltar para suas comunidades", disse Ortiz.

Os líderes da Igreja para a região estão fornecendo fundos especiais para as famílias adventistas afetadas que terão de se deslocar em breve. Entretanto, os membros da igreja, cuja casa foi destruída vão se reunir em pequenos grupos para o culto, disse Ortiz.

Outro deslizamento de terra na semana passada no norte da Tanzânia custou a vida de mais de duas dezenas de adventistas. Quatro dias de chuva forte provocou o slide, que matou 24 membros de uma família. Várias pessoas ainda estão desaparecidas.


Nota: Como parte de uma família mundial oremos por nossos irmãos afetados. A notícia traz números que assustam, mas a realidade é bem pior. Só quem passa pela tragédia compreende. Vamos interceder pelos nossos queridos irmaõs.

Novo Impacto vêm aí!



Aguarde esse grande IMPACTO!

Mihões de pessoas!
Milhões de revistas!
Mihões de vidas impactadas!

Site “O Fim do Mundo” Impacta Público


O departamento de web da Rede Novo Tempo, liderado por Carlos Magalhães iniciou uma pesquisa sobre vídeos virais na web. Segundo Carlos, “enquanto pesquisávamos percebemos que um dos vídeos mais vistos na semana foi o trailer do filme ‘2012’, com 8.781.502 exibições – 22.001 avaliações.


Aprofundamos a pesquisa e descobrimos que os termos sobre fim do mundo estavam tendo muito destaque nos buscadores. A partir daí percebemos que estávamos no meio de um turbilhão de gente procurando informações sobre o filme e sobre o fim do mundo e que tínhamos algo muito especial para contar para elas”. Nasceu então o site http://www.ofimdomundo.com.br/ que também pode ser acessado via www.esperanca.com.br. Carlos Magalhães conta que “enviamos um e-mail pedindo conteúdo para a Escola Bíblica e para os pastores da Novo Tempo.


Em seguida dividimos a equipe da web em duas funções: conteúdo e design”. O diretor do departamento de web relata que a equipe de conteúdo ficou responsável por captar e formatar os textos e vídeos dos diferentes canais. A equipe de design ficou responsável por criar o design, redes sociais e padronizar a identidade visual.

Além disso, outros departamentos participaram do processo de criação do site. O setor de artes ficou responsável por criar uma imagem semelhante a do filme para servir de background das páginas. A equipe do Está Escrito, liderada pelo pastor Fernando Iglesias, se reuniu e gravou um especial para ser veiculado na TV, Rádio e Internet. A produção do programa Evidências cedeu um documentário do Dr. Rodrigo Silva que aborda especificamente o tema. A gravadora Novo Tempo cedeu o filme A última Batalha e o departamento de TI cuidou da infra-estrutura de armazenamento do site.

“Sempre foi um sonho oferecer informação bíblica no momento de maior interesse do internauta. Essa expectativa cresceu na época em o aquecimento global despertou a atenção do mundo inteiro e, como igreja, tínhamos uma revista impressa, mas não exploramos essa oportunidade na web. Na época lembro que ‘aquecimento global’ levou uns 5 meses como a palavra mais pesquisada no google mundial”, menciona Carlos.

Seguindo o processo de produção, Carlos Magalhães explica que “mudamos a página principal do Advir e Novo Tempo visando impactar o público adventista. Usamos Twitter para divulgar o domínio e o Orkut para divulgar os vídeos do Youtube”. Em apenas cinco dias o site já alcançou a marca de 30.172 visitas.

Fonte: Portal Adventista

16 de novembro é o Dia do Não Fumar


Por Lise Bocchino, cardiologista do Bronstein/DASA

O combate ao tabagismo tem sido mais do que debatido em épocas de disseminação da Lei Antifumo. E, segundo a Dra. Lise Bocchino, cardiologista do Bronstein Medicina Diagnóstica/DASA, o tabagismo merece mesmo tanta atenção. Um alerta neste 16 de novembro, Dia do Não Fumar.

O tabagismo é um grave problema de saúde pública, acometendo um terço dos adultos ou 1,2 bilhão de pessoas no mundo. Na fumaça do cigarro existem 4.770 substâncias tóxicas, sendo as principais nicotina, alcatrão, monóxido de carbono e até substâncias radioativas como Polônio 210 e Cádmio, que também são encontradas nas baterias de carros.

A cardiologista afirma que os fumantes passivos, um dos focos principais da Lei Antifumo, contabilizam 2 bilhões de pessoas no mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde. Destes, 700 milhões são crianças, sendo que o fumo passivo é responsável por 50 mil mortes por ano. “Quanto mais fumantes no local de trabalho ou em casa, maior a chance de doenças. Se houver um fumante no local, a probabilidade de doença é de 30%. Se forem mais de dois fumantes, a chance chega a 50%”, reforça a médica.

Dra. Lise também lembra que o tabagismo é responsável por 75% dos casos de bronquite crônica, 80% dos casos de enfisema pulmonar, 80% dos casos de câncer de pulmão e 25% dos casos de infarto agudo do miocárdio. No mundo, doenças associados ao fumo provocam 6 milhões de mortes anuais. No Brasil, são 120 mil mortes por ano, ou seja, a cada hora, dez brasileiros morrem devido ao tabagismo. Existem no país 35 milhões de fumantes, dos quais 3 milhões têm entre dez e 19 anos.

A cardiologista esclarece o que leva uma pessoa a fumar. O vício normalmente se instala em três meses e o ato de fumar costuma ser vinculado a um imenso bem-estar, um regulador de humor e de comportamento. “Em apenas sete segundos a nicotina, altamente viciante, é absorvida e chega ao cérebro”, diz Lise. Os principais efeitos da nicotina são a sensação de alívio e prazer, criando uma excitação que aumenta a vigilância e diminui a fome, melhorando o rendimento de atividades.

Na esfera médica, segundo a cardiologista, os efeitos do cigarro são inúmeros. Dentre eles taquicardia, vasoconstrição periférica, elevação da pressão arterial, aumento do débito cardíaco, elevação do consumo de oxigênio no miocárdio, indução ao vasoespasmo coronariano, elevação da carboxihemoglobina, leucocitose e policitemia secundária, aumento da viscosidade sanguínea, aumento da ativação e da agregação plaquetária, aumento da expressão de moléculas de adesão em leucócitos, elevação da concentração de fibrinogênio, elevação dos níveis de ácidos graxos, elevações de lipoproteínas de baixa e muito baixa densidade e redução dos níveis do colesterol de alta densidade.

Lise reforça que, para as mulheres, ainda existem os riscos de indução à menopausa precoce, aborto espontâneo e de nascimento de bebê com baixo peso. Para quem usa anticoncepcionais, os riscos aumentam, em média, em dez vezes. “O tabagismo também é comprovado causador de câncer, sendo os principais tipos os de boca, laringe, esôfago, pulmão, bexiga, estômago e colo uterino. Isso sem falar no infarto agudo do miocárdio, AVC (derrame) e impotência sexual”, revela.

Parar de fumar, de acordo com a médica, não costuma ser fácil. Fazem parte da abstinência uma intensa vontade de fumar, frustração, irritabilidade, ansiedade, dificuldade de concentração, aumento do apetite, insônia, dores de cabeça e até depressão. “Mas lembre que os tratamentos existem e são eficazes. Por meio de remédios e de apoio psicológico, você terá um forte suporte”, finaliza.

Informações podem estimular o ex-fumante no processo de abandono do vício:

- Ao parar de fumar, em apenas 20 minutos seu pulso volta ao normal
- Após oito horas, o nível de oxigênio no sangue aumenta
- Em 24 horas, o pulmão fica mais limpo
- Depois de dois dias, o paladar e o olfato melhoram sensivelmente, além de a respiração e o nível de energia terem uma melhora considerável
- Depois de duas semanas a três meses, o sistema imunológico fica mais ativo

Estratégias comportamentais para não fumar:


- Tomar água-
- Fazer exercício físico
- Descobrir novas distrações
- Eliminar cinzeiros e isqueiros
- Trabalhar pensamentos automáticos
- Substituir o cigarro por alimentos não engordativos
- Se a ansiedade aparecer, tenha sempre em mente que ela é uma sensação que normalmente dura menos do que cinco minutos e que a superação vai valer a pena

Especialistas em Fazer o Bem


O Valor Das Especialidades Dos Desbravadores

Ao ser convidada para participar do Clube de Desbravadores uma jovem muito consagrada disse : "Não posso... pois não gosto de subir em árvores." Ao ser indagado porque suas duas adolescentes não ingressavam certo pai afirmou que não as inscrevia porque aquele clube só sabia fazer "nós" e "sapatear" ( referindo-se a Ordem Unida). Certo Diretor desabafou: "Pastor já não sei o que fazer meu clube vai fechar." "Faça todas as especialidades "ao terminar lhe dou mais idéias" foi a resposta.

Essas situações lustram a atitude da Igreja, dos pais e desbravadores diante das atividades do clube. Muitos imaginam ser acampar e "subir em árvores" a única coisa que as juvenis aprendem; líderes desconhecem as múltiplas opções e se contentam a "marchar" como soldadinhos; quantos ignoram a importância das especialidades e se estressam "inventando" o que seus desbravadores fazerem.

O Clube de Desbravadores destaca-se como organização "Co-Educacional" que complementa o currículo escolar. Seu programa, seguido à risca, produz um harmonioso desenvolvimento das faculdades físicas, intelectuais e espirituais - tripé da verdadeira educação. Não é a toa que o Presidente Lula classificou o último Campuri Sul-americano como "uma rara oportunidade para o estreitamento dos laços de amizade... para troca de experiências, o exercício de habilidade e... aquisição de mais conhecimentos " além de incentivar meninas e meninos "a assimilarem e praticarem os ensinamentos ministrados nas reuniões da rotina do Clube." [1]

A presença dos ex-ministros da Educação Paulo Renato de Sousa e Cristóvão Buarque além de muitas outras autoridades em eventos desse tipo confirma a importância que se dá as ações dos Desbravadores para o bem estar do país[2]

Embora o currículo do clube inclua as classes J.A destacaremos agora o valor das especialidades .

Origem e Propósito

Os méritos Vocacionais (depois "especialidades") foram projetados pelo Departamento de Jovens da Associação Geral em 1927. C. Lester Bond, então secretária elaborou as primeiras (1928) 16 que com algumas alterações "permanecem até hoje." Muitos distintivos eram costurados em máquinas caseiras, nas casas dos juvenis. Depois "outros ... juntaram-se aquelas.... Hoje os Desbravadores tem cerca de 250 especialidades ... reconhecidas no mundo todo. Muitas outras são autorizadas pelas Divisões e campos locais." [3]

Definição - "As especialidades são... janelas de descobertas dentro da estrutura da Igreja." Através delas o juvenil explora os principais ramos do conhecimento humano (habilidade manuais, domésticas e profissionais), natural (estudo da natureza e atividade agrícolas) e espiritual (atividades missionárias). .

Cada especialidade constitui "um curso que apresenta um assunto" com valor prático melhorando o estilo de vida "afetando diretamente os aspectos social, emocional, físico e espiritual"; dirigindo a pessoa a amar profundamente Seu criador e entregar-se a vida a seu serviço e da comunidade. [4]

Cada curso oferecido é composto de perguntas e exigências práticas apresentadas nas reuniões por instrutores ou pessoas especializadas. Só após as pesquisas, apresentação dos trabalhos e exame final o desbravador é investido com a insígnia correspondente numa cerimônia especial. Há especialidades para todos os gostos. [5] A criança escolhe as que mais lhe interessam e se adaptam a suas aptidões. Em pouco tempo a faixa fica repleta de distintivos que "indicam, o que eu sei fazer o que conheço e posso ensinar aos outros." [6]

Benefícios

Elevam a auto-estima - Segundo Naney Vam Pelt (em seu livro Filhos, Educando com Sucesso) "a especialidade é algo que a criança pode fazer bem e que servirá de compensação quando rejeitada pelo grupo" por mais que os pais a protejam! Para meninos ela recomenda "Carpintaria; aeromodelismo, tocar algum instrumento musical, fotografia" etc. e para meninas natação, costura, tecelagem, desenho, escrita etc. Essas especialidades vão contribuir "para formar sentimentos de auto aceitação", a despeito de suas dificuldades naturais (baixa- estatura, obesidade, etc.)

Na faixa etária do clube a criança já possui habilidades ou aptidões, ela conclui "que poderão ser a base para algumas especialidades... (que) podem mudar com a idade e o amadurecimento. Toda criança precisa ter alguma habilidade que lhe permita enfrentar os pontos ásperos" da vida. Quantos pais apoiariam mais os clubes se tão somente conhecessem esse conceito da psicologia moderna. Com 10 anos têm –se “disposição para todo (e) um gosto especial pela caça, pesca natação ... uniformes ... uma facilidade especial para aprender religião, leitura, cálculo, desenho, música, etc., e as coisas que esquecem no decorrer da vida". [7]

Completar uma especialidade é "algo interessante e divertido" enquanto proporciona a sensação de realização e orgulho próprio. (especialmente no momento da condecoração). Não resta dúvida que isso tudo eleva a auto-estima e previne traumas (futuros).

Vocação Profissional - A ansiedade porque passa o adolescente na escolha da profissão é amenizada ou anulada quando ele participa do clube. A especialidade proporciona o contato com várias profissões que poderão se tornar a sua, como nesses casos:

Formação do caráter - Segundo o pastor Ivancy Araújo existe um propósito oculto nas especialidades. No processo de conhecer lugares, memorizar versos bíblicos, colecionar cactos ou orquídeas, varrer a casa e passar a roupa, visitar museus o caráter do jovem é formado e são corrigidos imperfeições.

O Desbravadorismo "possui elevados padrões para ajudar e edificar um caráter para o reino do céu".[8]

O simples fato do juvenil aprender a costurar as insígnias na faixa em ordem (são agrupadas pela cor de fundo) imprimirá em sua conduta organização e operosidade.
A finalidade desses estudos é "ajudar no desenvolvimento espiritual do caráter", o propósito final é ajudar a pessoa "crescer em sabedoria, estatura e graça diante de Deus e dos homens" conforme o jovem Jesus (ver Lucas 2:52)

Serviço Missionário - A missão do clube é levar a mensagem do advento a todo o mundo em sua geração e salvar do pecado guiando no serviço. Para tanto há 16 especialidades missionárias além de muitas outras com tópicos evangélicos. O juvenil é motivado a batizar-se e aprende como ganhar seus colegas e familiares para Cristo.

Ellen White escreveu: "As próprias crianças devem ser ensinadas a fazer pequenas serviços de amor e misericórdia em favor dos menos afortunados ... Ensinem-lhe que é digno esforça-se para fazer algo que honre a Jesus e abençoe a humanidade. Mesmo na infância podem ser missionárias" [10]

Recreação Saudável - Hoje a TV, o vídeo game, o computador são o divertimento predileto. Isso é preocupante.

Para Nancy Van Pelt "toda atividade que observa uma grande porção do tempo da criança exercerá uma influência poderosa em seu caráter. Como a criança em média assiste a umas três horas de televisão por dia isso a influencia grandemente. Muitos programas infantis têm um alto teor de violência , espiritismo e perversões sexuais". A TV ensina "desonestidade, sexo ilícito, divórcio, delinqüência juvenil e homossexualismo". A TV é uma escola de violência. A violência apresentada passa a fazer parte da vida e comportamento das crianças. [11]

Assistir em excesso pode comprometer o hábito da leitura. [12] Ela também "interrompe a comunicação familiar", gera insensibilidade ao sofrimento e "reduz a participação nos esportes.

Esses fatores aliado a diversões como circo, cinema, jogos de azar comprometem a formação de "caráter simétrico ".

Quando bem aplicados as especialidades são o melhor concorrente dos modernos divertimentos. Ao invés de assistir TV até tarde, o juvenil irá produzir um vídeo para ver com a turma; no lugar de estragar a mesada no fliperama, ele colecionará cartões, conchas fósseis, selos. etc. Vai preferir contar uma história bíblica com fantoches no lugar de ir ver o circo.

Contato com a Natureza - Além dos 52 estudos da natureza, 52 ao ar livre (chamados hoje recreativas) dezenas de outras produzem um intercâmbio com a natureza - a casa do Desbravador. "Em si mesmos o encanto da Natureza desvia a alma do pecador e das atrações mundanas para a pureza para a paz e para Deus... (os) estudantes devem... ser postos em íntimo contato com a natureza... as faculdades mentais são fortalecidas desenvolvendo o caráter e toda a vida enobrecida."[13]

"Devemos no santo dia de descanso estudar as mensagens que Deus para nós escreveu na natureza. Devemos estudar as parábolas do Salvador onde ele as pronunciou, nos campos e sob o céu aberto entre a relva e flores. A medida que penetramos no seio da natureza Cristo nos torna real a sua presença e nos fala ao coração de sua paz e amor"[14] “habilitamo-nos... para compreender mais amplamente as lições da palavra de Deus" [15].
Conclusão - O estudo das especialidades é de um valor incalculável. Os benefícios não se resumiram ao comportamento exterior, afetam positivamente a formação do caráter. O mais impressionante é que os conhecimentos adquiridos tornam-se ações humanitárias. O desbravador sente um forte desejo de amar e auxiliar seu próximo.

Parafraseado Francisco Lemos poderia ser dito: Milhares de juvenis cresceram com ajuda das especialidades! Hoje são empresários, pastores, professores, médicos e gente espalhada no mundo todo anunciando com a sua vida que Jesus em breve vai voltar. A faixa de especialidade, as insígnias alcançadas, as investiduras são lembranças da esperança plantada no peito com amor brincadeira e muita felicidade.
Ribamar Diniz (Bacharel em Ciências da Religião, Líder de Desbravadores e Estudante de Teologia na Universidade Adventista da Bolívia)

Referências
[1] Revista Adventista, fevereiro de 2005, pág. 2,23.
[2] Ver Revista Adventista novembro de 1996, pág. 23.
[3] Manual de especialidade pág. 07.
[4] Ver Manual de Especialidade pág.8.
[5] Remo Díaz, Na Trilha da Aventura, pág. 27.
[6] Ibid. pág. 26.
[7] Adeus a Infância - Emilio Athanásio, pág. 12,13.
[8] Manual do Clube de Desbravadores, pág.27- 30.
[10] Ellen White, Serviço Cristão, pág. 31.
[11] Nancy Vam Pelt Filhos, Educando com Sucesso, pág. 130, 131.
[12] Ver Rubens Lessa - Meditação Matinal 2000, pg. 109.
[13] Parábolas de Jesus págs., 27, 25.
[14] Educação pág. 120, Ibid.pág. 27.
[15] Ellen White, O Desejado de todas as Nações pág. 71.

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Xena, a Princesa Lésbica


A programação da tarde na TV brasileira tem como audiência principal as donas de casa e as crianças. O conteúdo dos programas é péssimo, recheado com novelas e seriados baratos.
Uma dessas tardes eu estava sem fazer nada. E, como acontece quando estamos sem fazer nada, liguei a TV. Estava passando o seriado Shena, uma versão feminina de Conam. O episódio me surpreendeu. A história se passava na Roma antiga. As personagens principais eram Xena e sua amiga, Gabrielle. Até aí tudo bem, se o comportamento das amigas não fosse no mínimo estranho.

Numa das cenas Xena, que era mulher de Júlio César, passeia pela varando do Palácio e vê em outra casa Gabrielle, que é uma dramaturga. Uma bruxa diz a Xena, “Julio César daria tudo por um olhar desses”. Na hora me assustei e entendi o enredo do restante do episódio. Lesbianismo puro. Durante os encontros das duas personagens (foram vários) Xena faz de tudo para livrar Gabrielle das mãos de César, inclusive é crucificada no final como Jesus. Gabriele retribui quebrando o feitiço e levando as amigas de volta para seu tempo, onde terminam a aventura juntas cavalgando.

Durante uma das tomadas, Xena e Gabriella dizem que se amam, que são a coisa mais importante uma para a outra. Pegam na mão e trocam leves carícias. Basta. Creio que você já entendeu tudo. Esse não é o tipo de programa recomendado para seus filhos. Nem para sua esposa. Xena não é a princesa guerreira, mas a princesa lésbica. Sempre desconfiei do porte musculoso e jeitão masculino de Shena.

É duro perceber que o homossexualismo não encontra barreiras em nossos dias. Embora seja um dever cristão respeitar todas as pessoas, é difícil deixar de criticar essa postura. A Bíblia não apóia o lesbianismo (homossexualismo feminino), apesar de deixar claro que qualquer um pode se arrepender de quaisquer atos pecaminosos (Efésios 2:1-3; 4:18-20, 22, 24).

“Por causa disso Deus os entregou as paixões infames; porque as mulheres mudaram o modo natural de suas relações íntimas por outro, contrário a natureza” (Romanos 1:26)

O homossexualismo (tanto masculino quanto feminino) nunca foi tão difundido como hoje. O fato se deve a uma crescente militância dos gays em busca de espaço em todos os setores da sociedade. Pouco a pouco eles conseguiram leis favoráveis a sua prática, representantes na política, uma enorme avalanche de exposição na mídia, filmes, novelas e seriados (como Xena) que incentivam o homossexualismo. Até deixar de ser adepto é discriminado como mostrou há uns meses atrás a revista Veja. Uma psicóloga foi duramente criticada por tratar e ajudar pessoas insatisfeitas com o homossexualismo que espontaneamente a buscavam. Uma das maiores conquistas dos homossexuais foi o uso da nomenclatura homossexualidade, que é considerada uma manifestação normal da sexualidade humana, além do casamento homossexual.

Atualmente “a união civil de casais homossexuais é legalmente reconhecida na Argentina, Dinamarca, Alemanha, França e Portugal”, [1] introduzindo pouco a pouco a conduta como parte da cultura.

Uma recente para gay no Brasil reuniu 2,5 milhões de pessoas e até nos círculos cristãos existem vozes defendendo o homossexualismo. [2]

O apóstolo Paulo escreveu aos cristãos de Roma, local famoso pelos desvios morais de seus cidadãos, inclusive os mais ilustres (como Platão e outros filósofos que eram adeptos da pederastia): “Semelhantemente os homens também, deixando o contato natural da mulher, se inflamaram mutuamente em sua sensualidade, cometendo torpeza, homens com homens, e recebendo em si mesmos, a merecida punição do seu erro.” (Romanos 1:27). Essa advertência foi antecipada por Moisés quando disse que “com homem não te deitarás, como se fosse mulher; é abominação.” (Levítico 18:22). Essa afirmação parte do pressuposto de que no princípio “criou Deus, pois o homem à sua imagem, à imagem de Deus os criou; homem e mulher os criou. E Deus os abençoou e lhes disse: Sede fecundos, multiplicavi-vos, enchei a terra...” (Gênesis 1:27-28) Note que Deus não estabeleceu outro gênero senão homem e mulher (macho e fêmea em outras versões). E a união que abençoou foi a desse primeiro par confirmada por Jesus Cristo no novo testamento como vitalícia.

Essa proliferação do que a Bíblia chama de “torpeza” é um sinal claro de decadência moral, que prenuncia a volta iminente de Cristo. Ele mesmo foi quem disse: “O mesmo aconteceu nos dias de Ló... Assim será no dia em que o Filho do homem se manifestar.” Nos dias de Ló Deus resolveu destruir as cidades de Somoma e Gomorra por sua impiedade. Entretanto encontrou Ló justo diante daquela geração perversa. Dois anjos foram enviados para livrarem a família desse patriarca. Mas, quando chegaram os homens (tanto velhos quanto jovens) daquela cidade cercaram a casa de Ló, à noite, quiseram abusar dos mensageiros do céu. O fato de Ló ter oferecido suas filhas virgens aos homens deixa claro que o interesse deles era ter relações sexuais com os anjos. O resultado foi à destruição da cidade com fogo e enxofre da parte de Deus (Gênesis 19:1-38).

À medida que virmos o aumento do homossexualismo devemos tomar consciência de que mais perto está o Senhor, e agilizarmos nosso preparo para o encontro com Deus.

Ribamar Diniz (Bacharel em Ciências da Religião e estudante de Teologia na Universidade Adventista da Bolívia).


Referências:
1. Alejandro Bullón, Sinais de esperança (Tatuí, São Paulo: Casa Publicadora Brasileira, 2008), 66.
2. Idem.

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

A Chave no Bueiro e o Abismo do Pecado


Ontem fui alvo de uma situação inusitada. Fui de moto ao centro da cidade receber uns exames de minha esposa que está grávida. Ao sair do laboratório com o envelope na mão, montei na moto meio desajeitado. Peguei a chave com a mão trocada. Quando tentei destravar para dar a partida, senti uma voz me dizendo: “segure a chave direito para não ter problemas”. Foi dito e feito. O chaveiro caiu num bueiro de uns 60 centímetros de profundidade. Rapidamente um frio tomou conta do meu estômago, pois a moto era emprestada. O dono havia avisado que eu tivesse cuidado pra não perder a chave. Instantaneamente meu cérebro enviou essa mensagem ao estômago que “congelou”. Pensei na hora, “puxa o que ele vai dizer? Como vou voltar pra casa?”

Olhei para dentro do bueiro escuro e vi o chaveiro. Tentei enfiar o braço na abertura mais o espaço era pequeno. Forcei a mão e ela só entrou até o punho, mais ou menos. Parei de forçar, pois imaginei que se passasse talvez não quisesse voltar.

Pensei no que fazer para resolver o problema. Olhei para os dois lados da rua buscando uma solução. Pensei chamar um menino, pois seu braço, mais fino que o meu, poderia alcançar a chave. Não havia nenhum na rua.

Vi um senhor num carrinho de doces conversando com uma senhora. Aproximei-me rapidamente e perguntei-lhe se tinha um arame, explicando a situação, pedindo urgência, pois temia que houvesse uma descida de águas no esgoto, arrastando a chave. Ele prontamente me atendeu, dizendo que tinha algo melhor, um imã. Começou a buscá-lo, enquanto eu pedia pressa. Eu fiquei esperando por uns dois ou três minutos, enquanto o velhinho desenrolava vários sacos de plástico, um dentro do outro. Finalmente, no último saco estava o imã. Perguntei: “agora só falta o arame.” Ele disse: “não se preocupe já ta com o arame.” Começou a desenrolar e corremos até o bueiro. Ele deixou o seu comércio e foi resgatar minha chave, com uma calma incrível. Abaixou-se, apesar da idade, olhou bem onde ela estava e desceu o arame. Colando a chave ao imã, içou para minha alegria. De posse dela, agradeci ao homem, pedindo que Deus o recompensasse. Ele me disse: não se preocupe. E voltou para o carrinho.

Quando eu ia saindo, ele gritou: Vêm cá lavar a chave e a mão. Havia sujado na inútil tentativa de resgatar com a força a chave. Voltei, lavei–me e me despedi uma vez mais. Pensei em comprar alguns bombons como agradecimento, mas desisti, pensando que ele interpretaria como sendo um pagamento, por um favor. Geralmente quando somos alvo de um favor imerecido tentamos a todo custo pagá-lo, pois fica um sentimento de dívida.

Depois refleti sobre o significado desse episódio. Como existem pessoas dispostas a ajudar-nos. Você talvez já tenha sido alvo da bondade altruísta de alguém hoje. Certamente teremos a oportunidade de retribuir em algum momento da vida, fazendo o mesmo por alguém. Refletindo um pouco mais, associei a cena do meu desespero, a boa vontade do velhinho e o resgate da chave ao plano da salvação.

Note bem. O ser humano pecou porque deixou de ouvir a voz de Deus, preferindo fazer as coisas como gostava. Algo trágico aconteceu. Caiu no bueiro do pecado. Inutilmente tentou com todas as forças e técnicas sair do buraco escuro e frio, sem qualquer sucesso. Em vão as pessoas tentam resolver o problema do pecado com sua própria força. Alguns esperam receber o prêmio de uma consciência tranqüila com base na obediência, mas isso nunca será possível. Desesperado buscamos solução em todas as partes, sem encontrar saída. Quando pensamos que já não há jeito, somos atraídos a Cristo.

Quando conhecemos o plano da redenção, ficamos impressionados com o amor de Jesus pela humanidade. Ele vivia no céu, rodeado de anjos que o adoravam. Comungava junto com o Pai e o Espírito Santo desde a eternidade. Sua obra era a criação de mundos incontáveis e a supervisão dos mesmos, fazendo com que suas leis seguissem a ordem inalterável para a felicidade de todas as suas criaturas. Apesar de tudo isso, Cristo deixou o conforto do céu para viver na terra. Ele baixou do céu a terra para resgatar o homem.

“Por nós mesmos, é impossível escapar do abismo do pecado em que estamos afundados. Nosso coração é mau e não podemos mudá-lo... A educação, a cultura, o exercício da vontade, o esforço humano, todas essas coisas têm sua importância, mas nesse caso não têm poder para mudar a situação. Podem até produzir um comportamento aparentemente correto, mas não transformar o coração nem purificar as fontes da vida. É preciso que haja um poder que opere no interior, uma vida nova vinda de cima, para que o homem passe do estado pecaminoso para a santidade. Esse poder é Cristo. Somente sua graça poderá vitalizar as inertes faculdades espirituais e atrair a pessoa para Deus, para a santidade.” (Ellen White, Esperança para viver,15-16)

Quando Cristo se aproxima de nós, vê de perto nossa situação. Conhece nosso interior. Sabe que estamos atolados e submersos no pecado. Não nos censura. Apenas nos olha com um amor incompreensível. O mesmo olhar que converteu Pedro converte-nos também. Então nos atrai com a força de um imã, e nos resgata. Exatamente antes da enxurrada do mal destruir-nos. O salmo 40 diz: “Esperei confiantemente pelo Senhor; ele se inclinou para mim e me ouviu quando clamei por socorro. Tirou-me de um poço de perdição, de um tremedal de lama; colocou-me os pés sobre uma rocha e me firmou os passos.” (versos 1,2)

Depois que somos resgatados do fundo do poço, não existe outra atitude senão exclamarmos como Davi: “Amo o Senhor, porque ele ouve a minha voz e as minhas suplicas.” (Salmo 116:1)


Ribamar Diniz (Bacharel em Ciências da Religião e Estudante de Teologia na Universidade Adventista da Bolívia)

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

domingo, 8 de novembro de 2009

A chegada do Dia Eterno


A chegada da noite trás consigo a escuridão; a escuridão trás tristeza, medo, solidão, vazio... É a noite que alguns sentimentos, desejos e necessidades se intensificam, é nas trevas que a violência e a opressão se fortalecem e o fraco se sente mais assustado e inseguro.

É noite no planeta terra, e todos esses sentimentos de desolação e insegurança tomam conta da mente humana. Não é a toa que vivemos com medo, pois isso tudo é mais do que um sentimento, é uma realidade vista em todos os noticiários; é uma realidade presenciada em todas as partes e vivida por milhares de pessoas a todos os momentos no mundo.

A Bíblia diz: "Porque eis que as trevas cobrem a terra, e a escuridão, os povos" (Isaias 60:02). As trevas do pecado que trazem consigo a violência, a maldade e a morte. É o pecado a causa dos traumas e sofrimentos do homem, e enquanto existir pecado, ou seja, enquanto a noite não terminar nós não conseguiremos ter paz e felicidade plena, mas não precisamos ficar desesperados pois temos uma promessa de esperança, que diz: "Mas para vós outros que temeis o Meu nome nascerá o Sol da justiça, trazendo salvação em suas asas."(Malaquias 4:2)

Logo, logo Jesus voltará e nascerá o dia eterno e aí estaremos livres para sempre de todo sofrimento e dor produzido pelas trevas do pecado. "E lhes enxugará dos olhos toda lágrima, e a morte já não existirá, já não haverá luto nem pranto, nem dor." (Apocalipse 21:4). Viveremos a realidade de um mundo sem maldade, onde todos os nossos sonhos e desejos se realizarão segundo a vontade de Deus. "Alegria eterna coroará a sua cabeça; gozo e alegria alcançarão, e deles fugirá a tristeza e o gemido." (Isaias 35:10)

Ah! Quanto almejo o raiar deste dia. Eu espero com muita ansiedade o momento em que poderei ver face a face meu Salvador e estar na sua presença, com as pessoas que eu mais amo para todo o sempre. Viva você também esta esperança, e se prepare para o retorno do Rei Jesus.

Ancelmo Luna (Ancião da Igreja Adventista do Sétimo Dia Primeiro de Maio em Juazeiro do Norte, CE)

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

O primeiro ano de Obama


Ele conseguiu realizar mais do que dizem seus críticos, mas as grandes metas ainda não foram atingidas.

O presidente Barack Obama fez muitas promessas antes de ser eleito. Acabar com a guerra no Iraque, conciliar os Talebans, fornecer assistência médica a todos e diminuir as emissões de gases para salvar o planeta são algumas delas. Um ano depois nenhuma foi cumprida. Apesar disso, Obama já conseguiu melhorar a imagem dos Estados Unidos perante o mundo.

Obama declarou a uma multidão em Nova Orleans neste mês que ele sabia que não seria fácil e que toda mudança é difícil, principalmente as grandes. Prometer o impossível e fazer com que muita gente acredite em suas promessas devido a sua excelente capacidade de oratória irrita seus admiradores. Se analisarmos de maneira razoável, o presidente está se saindo bem e até já conseguiu estabilizar o sistema financeiro.

Talvez com a recuperação da economia ele comece a consertar o orçamento. Pode ser que suas reformas na saúde limitem os custos ou que ele consiga chegar a um acordo com o Irã e a outro sobre a diminuição da emissão de gases. Com relação ao Iraque, o presidente norte-americano está retirando suas tropas de forma gradual e sensata. É muito cedo para saber se isso tudo vai acontecer, mas nos próximos meses os Estados Unidos e o resto do mundo saberão se ele pode ou não.


O fim do mundo na capa de Veja


A revista Veja desta semana traz na capa a chamada garrafal “O fim do mundo”. Leia aqui alguns trechos: “O ano de 2012 tornou-se o centro de gravidade do fim do mundo por uma confluência de achados proféticos. Primeiro, surgiu a tese de que a Terra será destruída com a volta do planeta Nibiru em 2012. Depois, veio à tona que o calendário dos maias, uma das esplêndidas civilizações da América Central pré-colombiana, acaba em 21 dezembro de 2012, sugerindo que se os maias, tão entendidos em astronomia, encerraram as contas dos dias e das noites nessa data é porque depois dela não haverá mais o que contar. Posteriormente, apareceram os eternos intérpretes de Nostradamus e, em seguida, vieram os especialistas em mirabolâncias geológicas e astronômicas com um vasto cardápio de catástrofes: reversão do campo magnético da Terra, mudança no eixo de rotação do planeta, devastadora tempestade solar e derradeiro alinhamento planetário em que a Terra ficará no centro da Via Láctea – tudo em 2012 ou em 21 de dezembro de 2012.


“Com tantas sugestões, a profecia ganhou as ruas. No dia 13 de novembro, terá lugar a estreia mundial de 2012, uma superprodução de Hollywood que conta a saga dos que tentam desesperadamente sobreviver à catástrofe final. No site da Amazon, há 275 livros sobre 2012. Nos Estados Unidos, já existem lojas vendendo produtos para o apocalipse. Os itens mais comercializados são pastilhas purificadoras de água e potes de magnésio, bons para acender o fogo. É sinal de que os compradores estão preocupados com água e fogo, numa volta ao tempo das cavernas. Na Universidade Cornell, que mantém um site sobre curiosidades do público a respeito de astronomia, disparou o número de perguntas sobre 2012. Há os que se divertem, pois não acreditam na profecia. Entre os que acreditam, os sentimentos vão da tensa preocupação, como é o caso de Patrick Geryl, autor de três livros sobre 2012, todos publicados no Brasil, até o pavor incontrolável. O fim do mundo é uma ideia que nos aterroriza – e, nesse formidável paradoxo que somos nós, também pode ser a ideia que mais nos consola. Por isso é que ela existe.


“No inventário dos fracassos humanos, talvez não haja aposta tão malsucedida quanto a de marcar data para o fim do mundo. Falhou 100% das vezes, mas continua a se espalhar, resistindo ao tempo, à razão e à ciência. As tentativas de explicar esse fenômeno são uma viagem fascinante pela alma, pela psique, pelo cérebro humano. Uma das explicações está no fato de que o nosso cérebro é uma máquina programada para extrair sentido do mundo. Assim, somos levados a atribuir ordem e significado às coisas, mesmo onde tudo é casual e fortuito. As constelações no céu, por exemplo, são uma criação mental para organizar o caos estelar. Ao enxergarmos as constelações de Órion ou Andrômeda, encontramos ordem e sentido. O dado complicador é que a vida, no céu e na terra, deve muito mais às contingências do acaso do que ao determinismo. O espermatozoide que fecundou o óvulo que gerou Albert Einstein foi um produto do acaso, resultado de uma disputa entre espermatozoides resolvida por milésimos de segundo. Assim como aconteceu, poderia não ter acontecido [mas o que não se pode afirmar é que a origem do espermatozoide seja fruto do acaso].


(...)“A preponderância do aleatório sobre o determinado pode dar a sensação de desesperança, de que somos impotentes diante de todas as coisas. Talvez nisso residam a beleza e a complexidade da vida, mas o fato é que o cérebro está mais interessado em ordem do que em belezas complexas. Por isso, quando não vê significado nas coisas naturais, ele salta para o sobrenatural. (...) A religião seria uma criação mental através da qual o cérebro atende a sua necessidade por sentido. O apocalipse, nesse caso, é uma saída brilhantemente engenhosa. Explica duas questões que atormentam a humanidade desde sempre: o significado da vida e a inevitabilidade da morte. Somos a única espécie com consciência da própria morte e, no entanto, não sabemos o significado da vida. Afinal, por que estamos aqui? A pergunta, em si, revela nossa busca por sentido, devido à nossa dificuldade de conviver com a possibilidade de que, talvez, não estejamos aqui por alguma razão especial. O apocalipse é uma resposta. Está descrito nos seus mínimos e horripilantes detalhes no Livro do Apocalipse, escrito pelo evangelista João, por volta do ano 90 da era cristã, quando estava preso, perseguido pelo Império Romano.


“O começo do fim do mundo, diz João, será anunciado por sinais tenebrosos: um céu negro, uma lua cor de sangue, estrelas desabando sobre a Terra e uma sucessão de desastres varrendo o planeta na forma de terremotos, inundações, incêndios, epidemias. O Anticristo então dominará a Terra por sete anos [o autor desta matéria devia ter estudado melhor o Apocalipse], ao fim dos quais Jesus Cristo descerá dos céus com um exército de santos e mártires [outra barrigada: Onde está escrito que “santos e mártires” virão do Céu com Jesus?] – e vencerá Satã, a besta. Depois de 1.000 anos acorrentado, Satã conseguirá se libertar e forçará Jesus Cristo a travar uma segunda batalha, a terrível batalha do Armagedom. Derrotado Satã, todos nós, vivos e mortos, nos sentaremos no banco dos réus do tribunal divino [na verdade, o julgamento já terá ocorrido, pois a destruição de Satanás e dos ímpios é a sentença final]. Os bons irão para o paraíso celestial. Os maus arderão no fogo eterno [outro equívoco antibíblico].


(...)“Nem sempre o apocalipse vem numa embalagem religiosa. A profecia de 2012 começou com base em eventos astronômicos e calendários antigos. Só depois recebeu a adesão de seitas espiritualistas e cristãs, mas originalmente 2012 é, digamos, um fim do mundo pagão. (...)


“As profecias do apocalipse são um desastre como previsão do futuro, mas excelentes como alegorias do presente. A coleção de afrescos e pinturas clássicas que retratam o Juízo Final, como a obra-prima de Michelangelo na Capela Sistina, reflete o temor do tribunal divino e o domínio da Igreja Católica de então. Depois da II Guerra, os filmes de Hollywood, grandes difusores da catástrofe final, passaram a enfocar o fim do mundo como resultado de uma guerra nuclear ou de um monstro deformado pela radioatividade. Estavam narrando as aflições dos americanos com a bomba de Hiroshima e Nagasaki e a chegada da corrida armamentista com a União Soviética. É o momento em que o apocalipse começa a ter duas fontes – a religião e a ciência. Nos anos 60, com as profundas transformações varrendo os EUA, da Guerra do Vietnã à revolução sexual, do advento do computador ao movimento dos direitos civis, dos Beatles a Woodstock, o apocalipse mudou de lugar. ‘O livro da revelação deixou o gueto cristão e entrou no coração da política americana e da cultura popular’, escreve Jonathan Kirsch em A History of the End of the World (Uma História do Fim do Mundo), um ótimo inventário do apocalipse.


“Desde os anos 50, cada década tem pelo menos uma dúzia de filmes apocalípticos dignos de nota, de Godzilla a Apocalypto, de O Planeta dos Macacos a Matrix, de O Bebê de Rosemary a Presságio. Eles sempre narram algo do seu tempo. Há estudiosos que acreditam que mesmo o Livro do Apocalipse teria sido uma resposta às perseguições que os cristãos sofriam no Império Romano – e a besta, o Anticristo, o Satã seriam Nero, o imperador que tocou fogo em Roma. Como os apocalipses tomam a forma de sua época, o Anticristo se atualiza. Na II Guerra, era Adolf Hitler. Hoje, é Osama bin Laden. Isso é claro nos EUA, cuja condição de potência acaba por difundir suas neuroses e seus achados para o mundo todo. O apocalipse na cultura? Antes, eram os hippies com sua percepção extrassensorial e drogas alucinógenas. Depois, no ano 2000, foi o tecnoapocalipse, na forma do bug do milênio. O apocalipse na política? Antes, era o Exército Vermelho. Agora, é o terrorismo islâmico. Como disse Eric Hoffer (1902-1983), que passou a vida como estivador e filósofo: ‘Movimentos de massa podem surgir e se espalhar sem a crença num deus, mas nunca sem a crença num diabo.’


“Nenhuma das hipóteses do fim do mundo em 2012 mencionadas nesta reportagem faz sentido. O planeta Nibiru nem existe. A civilização maia, cujo auge se deu entre 300 e 900 da era cristã, tinha três calendários: o divino, o civil e o de longa contagem, que termina em 2012. ‘Mas os maias nunca afirmaram que isso era o fim do mundo’, diz David Stuart, da Universidade do Texas, considerado um dos maiores especialistas em epigrafia maia. Uma mudança no eixo de rotação da Terra é impossível. ‘Nunca aconteceu e nunca acontecerá’, garante David Morrison, cientista da Nasa, agência espacial americana. Reversão do campo magnético da Terra? Acontece de vez em quando, de 400.000 em 400.000 anos, e não causa nenhum mal à vida na Terra. Tempestade solar? Também acontece e em nada nos afeta. Derradeiro alinhamento planetário em que a Terra ficará no centro da galáxia? Não haverá nenhum alinhamento planetário em 2012, e, bem, quem souber onde fica ‘o centro’ da nossa galáxia ganha uma viagem interplanetária. (...)”


Nota: É bastante conveniente para o inimigo de Deus comparar o relato inspirado do Apocalipse a outras “profecias” e mesmo a filmes hollywoodianos. Assim, nivela tudo por baixo e reforça a descrença dos céticos. Para aqueles que creem nesse novo “fim do mundo”, ele (o inimigo) pode estar preparando alguma “surpresa” para 2012. Ou não. O ano pode passar sem que nada de especial ocorra e as pessoas voltarão à sua vida rotineira, mais anestesiadas ainda para a mensagem da volta de Jesus. De qualquer maneira, infelizmente, o inimigo leva vantagem. Note a estratégia satânica: (1) o inimigo afasta as pessoas da Bíblia; (2) desvia a atenção delas para falsas profecias que não levarão a nada, exceto a uma excitação momentânea, sem a necessária santificação (afinal, a motivação neste caso é o medo); (3) passada a data anunciada, as pessoas caem no desânimo ou na descrença. Por isso, é mais do que necessário que a igreja se esforce (sob a direção do Espírito Santo) para mostrar ao mundo a solidez das profecias bíblicas e do método historicista de interpretação profética. É preciso que todos saibam que a Palavra de Deus nada tem que ver com essas “profecias” especulativas e sensacionalistas, pois, “daquele dia e hora ninguém sabe” (Mt 24:34), o que significa que devemos estar preparados para encontrar o Criador a qualquer momento.[MB]


Fonte:Criacionismo.com.br

O Feriado e a Imortalidade dos Finados

02 de novembro é considerado o dia de finados no Brasil. É bom termos um dia para lembrar nossos queridos que já faleceram e que nos fazem tanta falta. Nessa data, mais que em qualquer outra, as pessoas visitam os cemitérios e túmulos de familiares, amigos e até de estranhos. Os túmulos onde jazem os restos mortais de celebridades (como Michael Jacksom) são os mais procurados.

Tive a oportunidade de visitar o ano passado o túmulo do cantor Leandro. Diferente de outros, o jazigo simples traz um violão feito com grama pingo de ouro. A mensagem é óbvia. Leandro realmente vivia para a música e alegrava milhares com suas canções. Gostamos de visitar os túmulos dos entes queridos porque eles eram importantes para nós. Ali em frente a cova relembramos o que faziam de melhor e como alegravam a nossa existência. Alguns se arrependem por não terem demonstrado todo o carinho que o parente merecia. Por isso ou por várias outras razões as pessoas deixam flores, acendem velas, fazem orações e choram. Outros confessam erros do passado e pedem orientação para o futuro.

Mas, aqueles que já se foram estão conscientes da presença dos seus familiares? Podem sentir o sofrimento de seus queridos? Os astros populares podem ver a homenagem de seus antigos fãs? Os finados possuem imortalidade?

Embora exista uma diversidade de opiniões a respeito desse assunto, baseada nas mais variadas fontes ou experiências, gostaria de abordá-lo usando a autoridade das sagradas Escrituras. Parece ser nela que um grande número de pessoas (especialmente os católicos) se baseia para manter contato com os mortos que, segundo a igreja católica estão no céu, no purgatório ou no inferno. [1]

A morte realmente exerce um fascínio sobre o mundo. Todos querem desvendá-la. Multidões crêem firmemente que o mundo do além pode colaborar com o nosso. O que acontece após a morte de uma pessoa? Ela segue (em outra esfera ou local) vivendo? Recebe poderes adicionais que não possuía na Terra? Para entendermos o que acontece na morte precisamos primeiro entender como se originou a vida. Para tanto, vamos ao relato bíblico da criação.

O livro de Gênesis, que relata as origens da terra, dos animais e dos seres humanos, explica que Deus "criou o homem a sua imagem, á imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou" (capítulo 1:27). Ademais de informar que tanto homens quanto mulheres foram feitos à imagem do Criador, esse texto não explica muito sobre a origem da vida.
No capítulo dois de Genesis, Moisés expande o assunto, quando escreveu: "formou o Senhor Deus ao homem do pó da terra e lhe soprou nas narinas o fôlego de vida, e o homem passou a ser alma vivente." (2:7) Facilmente se pode concluir que o ser humano é formado por dois componentes muito distintos: o pó da terra e o fôlego de vida. A união dos dois formou "a alma vivente". Diferente da opinião popular uma alma não é a "parte espiritual e imortal do homem", nem é um "fantasma".[2]. Essa crença tão arraigada nas igrejas cristãs foi adotada do paganismo romano [3] (que havia recebido dos gregos).
O erro "na imortalidade natural do homem e sua consciência na morte", lançou o fundamento para a Igreja católica "estabelecer a invocação dos santos e a adoração da virgem Maria" bem como a heresia do tormento eterno (inferno) e de um lugar de punição (purgatório), onde as almas não condenadas ao inferno podem ser admitidas no céu. [4]
A Bíblia deixa claro (I Tessalonicenses 5:23) que o ser humano, ou uma alma vivente é um ser completo (física, mental e espiritualmente). A morte é justamente o oposto da vida. Morremos quando o pó volta a terra, "como o era, e o espírito volta a Deus, que o deu." (Eclesiastes 12:7) Quando paramos de respirar e a centelha de vida volta para as mãos de quem nos deu, o nosso corpo se desintegra, entrando em decomposição. A Bíblia explica porque e quando isso começou acontecer.
Após brindar o homem com todas as dádivas necessárias para a vida, Deus lhe advertiu como permanecer sempre vivo (ou seja, imortal): "E o Senhor Deus lhe deu esta ordem: De toda árvore do jardim comerás livremente, mas da árvore do conhecimento do bem e do mal não comeras; porque, no dia em que dela comeres, certamente morrerás."
Satanás empregando como intermediário a serpente [5] levou a mulher a crer que desobedecendo a Deus (comendo do fruto proibido) não morreria, mas teria uma experiência superior ("como Deus"). A mulher provou do fruto e deu-o ao esposo, lançando suas vidas e a de seus descendentes para sempre no domínio do pecado e da morte (Gênesis 3:1-6; Romanos 5:12). Agora, sem mais acesso a árvore da vida (que perpetuava a vida) Adão "tornou-se sujeito a morte. A imortalidade fora perdida pela transgressão. Não teria havido esperança para a raça decaída, não houvesse Deus, pelo sacrifício de Seu Filho, trazido novamente a imortalidade ao alcance. Ao passo que ‘a morte passou a todos os homens, porque todos pecaram’, Cristo ‘trouxe a luz a vida e a mortalidade, mediante o evangelho. ’" [6].

A declaração de Satanás ‘"É certo que não morrereis" – foi o primeiro sermão pregado sobre a imortalidade da alma."’ Essa afirmação ecoa dos púlpitos e é aceita pela humanidade como no princípio, enquanto a sentença: "A alma [ser humano] que pecar essa morrerá" (Ezequiel 18:20) é interpretada como "não morrerá, antes viverá eternamente".[7] Apesar de nenhum descendente de Adão ter participado da árvore da vida, Satanás ordenou aos seus anjos que ensinassem "a crença na imortalidade natural do homem", a humanidade[6]. Alejandro Bullón, em seu livro O Terceiro Milenio e as Profecias do Apocalipse esclarece que as aparições de fantasmas, óvnis, lobisomem, parentes mortos, e seres de outro mundo são uma maneira de Satanás manter seus enganos.

Embora não seja incorreto visitar e até decorar com flores os túmulos de parentes ou amigos (Ver Neemias 2:3; Mateus 28:1; Lucas 23:56) não devemos consultar "os mortos; pois todo aquele que faz tal coisa é abominação ao Senhor" (Deuteronômio 18:11) A razão para tal advertência é muito simples: "os mortos não sabem de coisa nenhuma, nem tampouco terão eles recompensa, porque a sua memória jaz no esquecimento. Amor, ódio e inveja para eles já pereceram; para sempre não têm eles parte em coisa alguma do que se faz debaixo do sol." (Eclesiastes 9:5-6).

Devemos durante o feriado, estar conscientes que os defuntos não possuem imortalidade. Apesar de terem sido muito importantes para nós eles já não vivem. Todos os que desceram a sepultura estão em um estado de completa inconsciência (Ver Salmo 146:4; Isaías 38:18,19; salmo 6:5). Portanto não devemos elevar preces em seu favor porque não nos podem mais ouvir. Não devemos acender velas porque já não podemos iluminá-los, pois a salvação só e possível em vida, quando nos entregamos a Deus e vivemos conforme sua Palavra (João 8:12; Atos 2:37-47).

O apóstolo Paulo tem uma mensagem para você que tem falecidos na família. Ele diz que não devemos ser "ignorantes com respeito aos que dormem, para não vos entristecerdes como os demais, que não têm esperança. Pois se cremos que Jesus morreu e ressuscitou, assim também Deus, mediante Jesus, trará, em sua companhia, os que dormem... nós, os vivos, os que ficarmos até a vinda do Senhor, de modo algum precederemos os que dormem. Porquanto o Senhor mesmo, dada a Sua palavra de ordem, ouvida a voz do arcanjo, e ressoada a trombeta de Deus, descerá dos céus, e os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro. Depois, nós, os vivos, os que ficarmos, seremos arrebatados juntamente com eles, entre nuvens, para o encontro do Senhor nos ares, e assim estaremos para sempre com o Senhor. Consolai-vos, pois, uns aos outros com estas palavras. (I Tessalonicenses 4:13-18).

Embora não saibamos se nossos familiares estão salvos, devemos nós mesmos aceitar hoje a graça salvadora [8] de Cristo Jesus (Romanos 12:17,19) e acalentar o pensamento de abraçá-los na manhã da ressurreição, quando a morte será "tragada pela vitória" para sempre (I Coríntios 15:54; Apocalipse 21:4).

Ribamar Diniz (Bacharel em Ciências da Religião e Estudante de Teologia na Universidade Adventista da Bolívia)

Referências:

[1] Catecismo da Igreja Católica, São Paulo: Edições Loyola, 2000, pág. 288-292.
[2] Silveira Bueno, Minidicionário da língua português.
[3] Ellen White, O Grande Conflito, Ed. Condensada, Tatuí, São Paulo: Casa Publicadora Brasileira, 1996, pág. 32
[4] Ibid. pág. 38.
[5] Ibid. pág. 316.
[6] Ibid. pág. 317.
[7] Ibid. pág. 37-318.
[8] Revista Adventista, junho de 1999, Tatuí, são Paulo: Casa Publicadora Brasileira, pág. 34.

Final do Bom de Bíblia


No último sábado, 31 aconteceu a final do III Bíblico Sul Americano para juvenis. 24 juvenis de oito países para a grande final. Segundo o pastor Otimar Gonçalves, coordenador do mega concurso, o objetivo é motivar crianças e adolescentes "a compreender que a Bíblia não é um livro antigo, mas possui ensinamentos atuais para a vida deles".


Rodrigo Otávio da Silva (centro)

Estudar a Bíblia e testar os conhecimentos não é tão novo: o primeiro concurso internacional de Bíblia aconteceu em 1958. Mas o plano de leitura integral das Escrituras é ainda mais antigo. Em 1816 Guilherme Miller iniciou um estudo seqüencial (de Gênesis a Apocalipse). Sua meta não era a corrida contra o tempo, mas a compreensão completa e satisfatória dos textos lidos.

Ellen White conta como os pioneiros adventistas liam a Bíblia: "Reunia-me com eles (Tiago White, José Bates, Estevão Pierce, Hiram Edson e outros), e estudávamos e orávamos fervorosamente. Muitas vezes ficávamos reunidos até alta noite, e às vezes a noite toda, pedindo luz e estudando a Palavra. Repetidas vezes esses irmãos se reuniram para estudar a Bíblia, a fim de que conhecessem seu sentido e estivessem preparados para ensiná-la com poder." [2]

De 1844 a 1980 "os adventistas foram conhecidos, por muitos anos, como "o povo da Bíblia". Seus fundadores amavam a "verdade", e eram profundos estudiosos da Palavra de Deus". Em 1849 J.N. Andrews disse que "se o Novo Testamento fosse perdido, eu o poderia reproduzir palavra por palavra.". Durante este período, era um sagrado costume adventista fazer o Ano Bíblico.

Os Concursos e os Grandes Estudiosos
Haroldo de Castro Lobo

Haroldo de Castro Lobo leu a Bíblia 60 vezes. Ele dirigiu dois concursos nacionais de Bíblia e colaborou para a realização de três concursos internacionais de Israel. Em 84 anos de vida (50 como adventista), leu a Bíblia 60 vezes.

Sérgio Vieira de Araújo, em 92 anos de vida leu a Bíblia 116 vezes. Ele fundou o I Núcleo da Igreja Adventista em São Luiz - MA.


Chico Bíblia

Em 1958 foi realizado o I Concurso Internacional da Bíblia, com a adventista Irene dos Santos alcançando o primeiro lugar na etapa nacional e o terceiro na final internacional (dos 15 finalistas três eram adventistas). "Irene levou para os jornais o nosso nome, demonstrando realmente que somos o povo que mais conhece as Sagradas Escrituras."

Em 1961, na segunda edição desse concurso, Yolanda Anversa da Silva ficou em 1º lugar na etapa nacional. Na final mundial concorreu com um adventista e outros 15 participantes, alcançando o segundo lugar, mesmo com protestos da imprensa e do público. "Após uma luta pelo desempate entre Yolanda Anversa da Silva (Brasil) e o Rabino Yihya Alsekh (Israel), os juízes deram o 1º lugar ao rabino. Mas a imprensa e o público não aceitaram o veredicto do júri, pois Yolanda também respondeu a pergunta do desempate. Foi feita tão grande propaganda a seu respeito que, afinal, lhe concederam também a Medalha de Ouro do 1º lugar. Por isso ela é a única que tem duas medalhas." [4]

Yolanda Anversa explica seu plano de leitura: "Dizia de mim para mim: A Bíblia é a carta de Deus aos homens. Se eu tenho que ler alguma coisa boa, vou ler a Bíblia e entesourar no coração e na mente seus ensinamentos. Mas como começar? Valeu-me a tabela do então chamado "Ano Bíblico".Formar este hábito não foi fácil. Quantas coisas aconteceram através desse tempo! Mas a firme vontade de estar apegada à Palavra, foi vencendo".

Na terceira edição do concurso, o adventista José Ribamar Pereira de Menezes ficou em 7º lugar, e o argentino Jacobo Beredjikuan em nono. Em primeiro outro adventista, o australiano Graham Mitchell. Em 1966 a Sociedade Bíblica do Brasil (SBB) lançou o I Concurso Bíblico Nacional, sendo vencido por Mariazinha de Almeida. Na segunda edição, a ganhadora foi Gerda de Burgo.


Mário Edson Gonzalez
Em 1981, já na quarta edição do Concurso Internacional da Bíblia, Francisco Alves de Pontes, conhecido como Chico Bíblia, ficou em segundo lugar. (dos 36 finalistas 3 eram adventistas).Em 1973, a Divisão Sul Americana, lançou seu primeiro concurso bíblico. A final foi realizada em Lima, no Peru, no dia 21 de outubro e o primeiro lugar foi de Mário Edson Gonzalez, da união Sul Brasileira.

Em 2008, a Divisão lançou a segunda edição do concurso, que movimentou a juventude adventista em etapas nas igrejas, nas associações, uniões, encerrando na grande final da divisão, transmitida através da Rádio e TV Novo Tempo. Rodrigo Otávio da Silva Mota, que representou os estados do Rio de Janeiro, Espírito Santo e Minas Gerais, sagrou-se campeão, levando para casa uma viagem para assistir a 59º Assembléia Mundial da Igreja Adventista, que será realizada em junho de 2010, na cidade de Atlanta, nos Estados Unidos. Atualmente Rodrigo estuda teologia na Universidade Adventista da Bolívia.

Fonte: www.desbravadores.org (ligeiramente adaptado).

Referências:

[1] Ellen White, Mensagens Escolhidas, volume I, página 206.
[2] Alberto Timm, Revista Adventista de junho de 2001.
[3] Claudio Belz, Revista Adventista, novembro de 1958, p. 26.
[4] Moisés S. Nigri, Revista Adventista de janeiro de 1965.