segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Contradição


Certo dia, numa grande loja revendedora de motos um fato inusitado me chamou a atenção para o despreparo no atendimento em muitas empresas consideradas grandes.

Eu estava sentado com uma vendedora e outro cliente. Estava esperando o atendimento com outra pessoa que havia saído por um instante. Nisso, enquanto conversávamos sem muito interesse, sentou-se um mecânico comentando sobre seu consorcio que ia sair. O que me impressionou foi ele dizer: “tô cansado de tal marca (mencionando a sua empresa que lhe garante o pão diário) agora vou usar tal marca.” Eu disse o seguinte, em tom provocativo: “Sei que é falta de ética, mas qual a melhor das duas?” Ele disse que eram exatamente iguais. A vendedora disse sem muita argumentação: “acho que não”. Ele então soltou os cachorros e argumentou que a economia de combustível e a manutenção eram exatamente iguais, mas a concorrente tinha uma vantagem na hora da venda da moto. Ouvi tudo e saí calado.

Outro dia passei em frente a uma tenda armada para vender consórcios de motos em outro local da mesma cidade. Era uma nova marca, buscando espaço no concorrido mercado entre aquelas outras duas grandes marcas. O curioso é que todas as motos dos vendedores que estavam paradas eram das marcas concorrentes. Nenhuma era do modelo que eles estavam vendendo.
Diante desses fatos pensei como nós influenciamos as pessoas mais com nossos atos do que com nossas palavras. Não adianta só falar e usar a camisa do cristianismo. Devemos também estar convictos de quem somos e nos comportar de tal modo a defender nossa mensagem. E não fazer como o mecânico descuidado, a vendedora despreparada e a tenda que fazia propagando de outras motos e não das suas.
Diferentes da vendedora sem preparo devemos estar “sempre preparados para responder a todo aquele que vos pedir razão da esperança que há em vós,” (I Pedro 3:15). Devemos agir não como o mecânico que queria outra marca, mas servir somente a Cristo porque “ninguém pode servir a dois senhores” (Mateus 6:24). Finalmente nossos atos (diferentes dos vendedores de consórcio)devem coadunar nossas palavras, pois “a fé sem obras é morta” (Tiago 2:17).

Ribamar Diniz

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